Lilypie 1st Birthday Ticker

2007-12-26

O primeiro mês (muito longo)

Já passou mais de um mês e eu ainda sem registar nada de jeito sobre a minha bébé.
Sobre o parto, hei-de publicar um post com mais detalhe. Como já disse foi tudo muito rápido e ainda que as dores tenham sido muitas em alguns momentos, a rapidez do processo fez com que eu ficasse muito bem logo assim que a bébé nasceu.
Nas primeiras horas de vida, o Papá esteve sempre connosco e foi óptimo tê-lo por perto. Como a Mafalda nasceu a meio da tarde, o Papá esteve connosco mesmo até ao fim da visita. Ajudou a pô-la a mamar pela 2a vez (a primeira foi na sala de partos e foi a enfermeira que veio "ensinar-nos") e deu um apoio psicológio fantástico.
Quanto à nossa estadia no hospital, tivemos muita sorte porque nos calhou uma enfermaria onde só estava eu e outra senhora (durante todo o tempo de internamento). A Mafalda revelou-se uma bébé muito calma logo desde início. Na primeira noite não consegui dormir porque ela era muito preguiçosa para mamar e quando acabava já estava quase na hora da mamada seguinte. Nesses poucos minutos em que eu podia descansar, chorava a outra bébé...
Sobre o nosso internamento no serviço de Obstetrícia do Hospital de S. João, não tenho nada de mal a assinalar. As enfermeiras foram, regra geral, muito simpáticas e atenciosas e se não tivessem sido elas não teria conseguido amamentar esta pequenina preguiçosa.
Portanto, bébé calma, pessoal simpático, Papá super presente resultaram numa Mamã com uma Euforia Pós-Parto, que é um termo que eu acabo de inventar e que deverá ser entendido como o oposto de uma depressão pós-parto. Confesso que me senti sempre muito bem, que tratar da bébé foi algo que parece que fiz toda a vida, que lidei muito bem com o choro e que a recuperação física não foi díficil ainda que tenha levado bastantes pontos.
No 2º dia de internamento, a pediatra da Mafalda (a que a está a acompanhar no privado) foi vê-la a enfermaria. Achou-a um pouco amarela e explicou-me que tendo ela nascido com um cefalomatona (papo na cabeça provocado pelo parto ou pela posição in-utero) seria prudente fazer fototerapia para garantir que os níveis de bilirrubina não subiam demasiado, o que poderia resultar num internamento mais prolongado.
Portanto, a nossa pequenina começou a fazer solário logo ao 2º dia de vida.
No 3º dia eu tive alta mas a bébé não. Os níveis de bilirrubina ainda não eram os recomendáveis e a Mafalda foi transferida para o serviço de Pediatria (também 5 estrelas). Felizmente, a enfermeira da obstetrícia foi uma querida e consegui ficar no quarto (na minha cama) quase até meio da tarde, só a essa hora passámos para a pediatria e para um cadeirão em vez de cama.
Apesar deste pequeno precalço, eu mantive-me sempre com um espírito extraordinário. Muito bem disposta e tranquila. Só na noite desse dia é que fiquei um pouco em baixo. Sentia-me suja porque não podia tomar banho no serviço de peditatria, sentia-me muito cansada e os pontos doíam. Mas foi uma coisa de uns minutos que se resolveu com a ajuda do miminho que o Papá me deu.
Passei essa noite num cadeirão, ao lado do berço da Mafalda numa pequena enfermaria com mais 3 bébés. Mais uma vez a Mafalda era a bébé mais calma se bem que o bébé do lado também era muito calminho. Agora os outros dois...
No dia seguinte, logo de manhã, vieram buscar os bébés para fazerem a colheita para medir os níveis de bilirrubina. Fizeram-lhe também o teste do pezinho. Passado cerca de 2h vêm novamente buscar os bébés para fazer nova colheita porque a máquina onde faziam o teste tinha avariado e era necessário fazê-lo por outro método. Fiquei toda contente quando a enfermeira me diz que o teste da Mafalda foi o único que conseguiram fazer pelo que não vão ter que a picar de novo. Excelente, pensei eu. Mas quando a enfermeira explica aos outros pais, que o novo teste implica só ter resultados ao fim de 6h, aí sim, percebia sorte qe~ue tinhamos tido.
Convém aqui frizar, que todo o pessoal do serviço de Pediatria foi excpecional. Principalmente a enfermeira do turno da noite que passou todo o turno a dar-nos apoio.
Finalmente, a boa notícia chegou por volta das 14h: os níveis tinham diminuído e podiamos vir para casa.
Chegar a casa foi mágico. Estavamos finalmente juntos os 3, na nossa casinha. Depois de tomar um banho, fiquei com forças retemperadas para receber nesse mesmo dia a visita dos avós.
Neste dia, apenas a reter dois aspectos menos positivos: a burocracia para sair do hospital e a subida do leite que me estava a deixar aflita (sobre a amamentação também será publicado um post muito mais detalhado).
Na primeira noite passada em casa, foi o Papá que ficou de turno. A Mamã apenas acordava para dar de mamar e a seguir adormecia novamente. Fraldas, arrotar e ver se a bébé estava bem foram tarefas do Papá o que foi um apoio extraordinário na minha recuperação. No dia seguinte, sentia-me completamente revigorada.
Ao 5º dia, a Mafalda toma o seu primeiro banho (no hospital não dão banho com água) e aqui instala-se o primeiro momento de pânico: o coto umbilical fica com mau aspecto (achamos nós). Paralelamente, eu dou conta de expelir um resto de placenta e fico também preocupada. Felizmente, a querida enfermeira G. das aulas de preparação para o parto, ajudou-me nestas duas situações via telemóvel e tranquilizu-me face a ambas. De facto, o coto umbilical acabou por cair 2 dias depois e o meu útero está limpinho pois o meu obstetra já o confirmou.
Desde que chegámos do hospital, que a Mafalda se resume a come e dorme. Só chora para comer e a seguir, é deitá-la na alcofa que ela fica a dormir.
Ao 9º dia de vida, temos a primeira consulta com a Peditatra (que como disse, já a tinha visto no hospital). Explica-nos que o papo na cabeça é uma situação vulgar e que desaparecerá dentro de 1 ou 2 meses; fala-nos sobre um pequeno desvio posicional no pé esquerdo que não é preocupante e que acabará por desaparecer com o tempo. Fora estas duas situações, está tudo excelente. A Mafalda já tinha praticamente recuperado o peso com que nasceu, fixa o olhar e tem um excelente tonus (segura a cabeça por breves momentos e tenta levantá-la quando a colocamos de barriga para baixo). Escusado será dizer que viemos ainda mais babadissímos e confiantes da consulta.
O Papá esteve connosco durante as 3 primeiro semanas. Aproveitámos os dias de sol para passearmos um pouco e fazermos algumas compras de Natal.
Depois do Papá ir trabalhar, precisei de me habituar a fazer tudo sozinha mas também isto foi fácil.
Quanto à bébé, continuou a portar-se sempre muito bem. A única altura do dia mais critica é entre a hora de jantar e a meia-noite onde choraminga um bocadinho (mas não me posso mesmo queixar porque é apenas uma amostra de choro). Durante a noite, nunca chorou sem ser a horas de mamar e já chegou a aguentar 5h seguidas.

Portanto, a reter do primeiro mês:
- Mamã com uma recuperação física excelente e psicológica ainda melhor;
- Bébé muito calminha que praticamente só chora para comer;
- Papá passou com distinção em todas as tarefas.

Parece que a Mafalda sempre fez parte das nossas vidas. O nascimento não foi um encontro mais sim um reencontro.
Respira-se felicidade nesta casa!

2007-12-10

Primeiro dia...

... sozinhas em casa sem o Pai e para já está tudo a correr muito bem.
Agora que ficámos sozinhas, vou tentar actualizar o blog com mais regularidade.
Quero deixar aqui o testemunho destas primeiras 3 semanas e também do parto.
Para já, está tudo a ser maravilhoso. Nada de cólicas, nada de choros sem motivos. Esta bebé não chora praticamente por nada a não ser fome. Durante a noite é quando dorme melhor. Já dormiu 5h30 seguidas mas o mais normal é serem apenas 4h.
Eu, não me podia sentir melhor. O parto foi fácil, a recuperação foi excelente e eu sinto-me muito bem quer física quer psicológicamente. Não podia estar tudo a correr melhor.
Entretanto, voltarei com mais novidades e detalhes mas agora a minha pricesinha chama por mim.