Sonhei que estava grávida, no final do tempo, e que me tinha deslocado à

A minha preocupação era não existir nenhum hospital que fizesse partos nas redondezas e sentir que não teria tempo de chegar muito mais longe pois, de cada vez que vinha uma dor, sentia o meu bébé descer mais um bocadinho.
Tinha portanto duas opções: Ir para um hospital de província ou ter o bébé em casa. Decidi-me pelo hospital pois lembrei-me de mim própria que necessitei de oxigénio à nascença por ter o cordão umbilical enrolado ao pescoço. Optei então pelo hospital. Ao chegarmos (já as contracções se faziam sentir, e eu sentia-as mesmo) deparamo-nos com o facto de não existir médico nem enfermeiros aquela hora (era de noite). A auxiliar anuíu a deixar-nos entrar e usar, se necessário, o oxigénio (motivo pelo qual não queríamos regressar a casa). Depois disso foi tudo muito rápido. Deitei-me numa maca (à falta de melhor), fiz força uma única vez e o meu filho nasceu. Chorou imediatamente. Era um menino. O meu G.
Lembro-me de ficar contente por não me terem cortado (não havia médicos, sorte a minha). Lembro-me de no dia seguinte me sentir como nova, sem dores e pronta para outra. Mas acima de tudo, retenho e não quero esquecer, o enorme amor que senti pelo meu G. Senti-me muito, muito feliz.
Porque não podem os sonhos transformar-se em realidade? E porque, simultâneamente, nos parecem tão reais?
Porque amo eu tanto, mas tanto, os meus filhos se eles ainda não existem?
2 comments:
há coisas que não se explicam apenas se sentem!
jinhos grnades e vais ver que um dia esse sonho vai ser realidade
Aqui fala o pai da Inês, para agradecer a mensagem e retribuir a visita. Um grande beijo de Cabo Verde. Inês e João Branco
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