Lilypie 1st Birthday Ticker

2007-07-25

Sobre o parto

Começo agora a pensar mais no parto. Não tenho medo porque estou muito confiante que vai ser tudo muito fácil e que vai correr muito bem. Por algum motivo tenho umas ancas largas, não é? Mas é precisamente este meu pensamento que me assusta. E se não for assim fácil, estarei preparada para enfrentar isso?
Tenho duas amigas que foram mães recentemente. Uma passou por um trabalho de parto de 17h e outra de 23h. Quando ouço isto (e chamem-me maluquinha) a minha preocupação é: E será que me dão de comer durante esse tempo? Como é que vou conseguir tratar de uma bébé depois de 23h horas seguidas sem dormir?
Normalmente, a minha preocupação não é com a dor que vou sentir porque acredito que ninguém nos dias de hoje sofra 17h ou 23h sem uma epidural. Portanto, debruço-me sobre questões práticas: comer e dormir, que são funções básicas para qualquer ser humano.
Preocupa-me mais o pós-parto do que o parto propriamente dito. Os pontos, a amamentação, a recuperação...
Ah! E tenho muito medo, sim, de uma cesariana. Nunca fui operada e nunca levei pontos (criança bem comportada que eu fui) e tenho mesmo muito medo que tenha que me submeter a uma cesariana.
Portanto, a 17 semanas e 3 dias da data prevista ainda não me mentalizei que um parto é capaz de ser um bocadinho mais complicado do que rebentarem as águas, chegar ao hospital 1h depois e 10min depois disso ter a minha bébé cá fora. E de quem é a culpa? Da minha mãe, que toda a vida me fez o relato deste parto abençoado que teve. O facto de também sempre a ter ouvido dizer que preferia ter outro filho a ter uma dor de dentes, não é de facto, grande ajuda na mentalização que possa ser um processo doloroso.
Mas talvez seja melhor assim. Vou sem medo, descontraída e se não correr assim tão bem, na altura logo me preocupo. Não vale a pena sofrer por antecipação.

22 semanas e 4 dias: Tudo OK!

Esta semana tivemos consulta no meu obstetra.
Mostrámos a ecografia das 20 semanas e ele esteve a examinar-me para ver se estava tudo ok. Colo do útero, placenta e líquido amniótico: tudo 5 estrelas.
Peso: +3.5kg até agora o que está dentro dos valores desejáveis.
A bébé está de cabeça para baixo do lado direito com os pés junto ao lado esquerdo do meu umbigo. Daí vermos muitas vezes o meu umbigo aos saltos e eu sentir movimentos muito em baixo (deve ser ela a dar cabeçadas).
Segundo o médico nada indica que possa haver um parto permaturo nem complicações de maior. Segundo as palavras dele “Esta gravidez está a correr mesmo muito bem”.
Eu sinto-me lindamente. Nos últimos dois dias tive imensa azia mas hoje mudei o menu do pequeno-almoço e estou bem.
Tenho tido algumas dores nas costas que têm a ver com a forma como me sento no emprego e, por isso, estou a tentar corrigir para evitar maiores sofrimentos.
Ou seja, de forma geral sinto-me muito bem.

2007-07-24

A reacção dos outros

Já falei um pouco sobre a reacção daqueles que me rodeiam a esta gravidez mas gostava de reflectir um pouco mais sobre este assunto.
Poucas pessoas conseguiram não me surpreender com a sua reacção à minha gravidez. Se uns me surpreenderam muito pela positiva outros houve que tiveram reacções de que eu não estava minimamente à espera.
Comecemos pelas piores reacções. A pior reacção que tive foi, talvez, daquela que eu considerava ser a minha melhor amiga. Eu nunca fui de afincadas amizades mas dava-me muito bem com esta pessoa. Uma pessoa extremamente sensível e que adora crianças. Mas a reacção dela à minha gravidez foi péssima. Limitou-se a dizer que era ainda muito cedo para me dar os Parabéns e nada mais. Hoje, continuamos amigas mas houve um afastamento. E sempre que nos encontramos pouco ou nada pergunta sobre a bébé ou sobre mim. Se estou magoada? Sim, estou, mas eu consigo perceber a reacção dela. Temos a mesma idade. Eu estou casada há 4 anos e vou ter uma bébé. Tenho a vida perfeitamente organizada. Ela tem uma relação que não ata nem desata, sem planos a longo prazo. O emprego também não lhe está a correr bem e sei que tudo isso influenciou. Se vou esquecer? Não. Mas o tempo vai apagar a desilusão que sinto.
Depois houve a reacção de uma pessoa familiar muito próxima. Sei que esta pessoa gosta muito de mim, sempre gostou. No entanto, já quando casei estranhei a reacção dela. Agora com a gravidez foi a mesma coisa. Reagiu friamente como se nada fosse e mesmo quando soube que era uma menina (o sonho que ela não realizou - teve 2 rapazes) não explodiu de alegria como eu esperava. Mas também para isto há uma explicação.
Depois houve pessoas que reagiram com alguma indiferença. Umas eu já esperava, outras esperava mais efusividade mas sei que muitos foram traídos pela surpresa pois eu sempre disse a todos que não queria filhos para já.
E depois houve aquilo que de melhor tem esta gravidez. O aproximar de pessoas que eu nem imaginava que se pudessem importar. Pessoas que me mandam emails a saber como passa a minha bébé, como estou. Que fazem questão de ligar após as consultas e que se emocionam com as imagens das ecografias. E é tão bom, que compensa todas as reacções menos positivas que possam existir.
É com essas pessoas que tenho vontade de partilhar esta gravidez. É a essas que eu vou dar atenção quando forem visitar a minha bébé depois de ela nascer. Os outros? Tenho pena por eles. Porque não partilham desta alegria que invade as nossas vidas e não respiram este momento.
Já cresci muito nestes últimos 5 meses e sei que vou crescer ainda muito mais. Posso ter-me desiludido com alguns mas surpreendi-me positivamente com muitos mais e percebi que a vida cada vez me sorri mais.
Há coisas boas e coisas más. Eu optei por abraçar as boas e esquecer-me das más. Só faz falta quem está e a vida é para ser levada com alegria e sem amarguras. Se não tivessem sido as más reacções, não dava tanto valor às boas. Por isso, aprendi que até nas coisas más há sempre um lado positivo.
Sinto-me bem comigo mesma, sinto-me de bem com o mundo, sinto-me de bem com a vida.

Amamentação

Decidi que vou tentar escrever um post todos os dias.
Hoje vou debruçar-me sobre a amamentação.

A minha filha vai nascer num “Hospital Amigo do Bébé”. Quer isto dizer que o hospital tem em práctica uma série de acções com vista ao incentivo da amamentação. Isto é óptimo porque eu sempre pensei em amamentar e sei que ali vou ter apoio e acompanhamento nesse processo que prevejo que não seja fácil, pelo menos, nas primeiras vezes.
Os benefícios do leite materno estão por demais estudados e eu não quero privar a minha filha disso.
Mas se por um lado tenho consciência que amamentar é o melhor para o bébé, não posso deixar de me indignar com toda a pressão que é colocada nas mães sobre este assunto.
Parece que passámos de um extremo ao outro. Se na geração da minha mãe era usual as mães não amamentarem ou amamentarem durante pouco tempo, hoje estamos no fundamentalismo da amamentação. E como todos os fundamentalismo, penso que isso é mau.
Eu estou com 5 meses de gravidez e já não suporto ouvir que tenho que amamentar, que isso é o melhor para o bébé e se agora tenho limitações na alimentação depois ainda vai ser pior, etc, etc. Ora, parece que as pessoas veêm a amamentação não como uma coisa prazeirosa para mãe e filho mas como uma obrigação, custosa, até quase como um castigo.
A pressão é tanta que o medo de falhar é muito. E talvez seja por isso que muitas mulheres têm dificuldade em amamentar os seus filhos.
Eu já decidi que durante os primeiros dias o momento da amamentação vai ser vivido a três e nada mais. Não quero avós, tias, primas ou quem quer que seja por perto até me sentir suficientemente segura.
Tenho chocado algumas pessoas porque digo que não vou ser fundamentalista da amamentação. Que o leite da farmácia também é bom e que foi assim que eu fui criada e cresci saudavel. Sei que choca. Vejo as caras horrorizadas das pessoas que pensam que eu vou ser uma má mãe. Nada disso me interessa. E sinceramente, não é nada disto que penso. Eu apenas quero aliviar a pressão que me estão a colocar em cima. E se para isso for preciso ter uma lata de leite em casa para que eu me sinta mais segura, não tenho problemas em o comprar ainda que seja sempre na esperança de não o usar.
Sei que a parte psicológica tem grande influência em mim. Sei que o sucesso de alcançar tão rapidamente uma gravidez se deveu ao facto de ninguém estar a contar e de ninguém me estar a pressionar nesse sentido. E com a amamentação vai ser assim. Posso chocar amigas, tias, avós, conhecidas ao dizer que não faço questão de amamentar. Se isso as fizer ficar caladas achando que eu sou um caso sem solução, melhor. O objectivo é esse mesmo e vão ver que assim vou amamentar a minha filha em exclusivo durante muito, muito tempo.
As mães não se medem aos palmos e muito menos pela sua produtividade leiteira. Sou uma mulher e não uma vaca e não vou ser menos mãe se não amamentar. Se o conseguir, tanto melhor: Mas, por favor, não me escravizem!

2007-07-22

De regresso...

...após umas merecidas férias. Foi só uma semaninha mas deu para recarregar baterias e daqui por 15 dias há mais.
Tenho andado muito ausente e tenho pena de não estar a registar todos os momentos desta gravidez.
Na semana passada fizemos a eco morfológica e felizmente está tudo bem. A cachopa tem tudo no sítio e na quantidade desejável e nada a mais a atrapalhar. Foi curioso ver que quase todas as grávidas saíam do hospital com a recomendação de repetirem a eco dentro de poucos dias ou semanas por haver situações que suscitavam dúvidas. Penso que é esse o preço que temos que pagar por tão rigoroso acompanhamento.
A médica deu-nos umas fotos a 3D da nossa bébé que estão um mimo. Numa delas vê-se claramente os olhos abertos e noutra ela está a esfregar os olhinhos com as mãos fechadas. Um amor! Ah! E eu acho que ela é a cara do Pai (mas não lhe digam isto porque senão ele diz que eu estou senil).
Já há algumas semanas que a sinto. Aliás, a primeira vez que a senti foi às 15 semanas mas na altura não tive bem a certeza. Entretanto, ela foi-se fazendo sentir mas eu estava sempre na dúvida se seria ela ou se seriam gases ou outra coisa qualquer. Uma noite, estava eu a tentar que o Papá a sentisse mas mais uma vez ela ficava quietinha assim que o Papá colocava a mão na minha barriga. Mas quando o Papá tirou a mão, ela deu tamanho salto que a barrriga saltou também e o Papá não pode sentir mas viu claramente a filhota a fazer piruetas. Aí, tive a certeza que não eram gases. LOL.
Desde essa altura, ela não pára de mexer. Questiono-me até se será normal. É que ela é capaz de passar meio-dia aos saltos mas daqueles que se veêm quando se olha para a barriga. Chega a ser incomodativo porque muitas das vezes ela está muito em baixo.
Amanhã temos consulta e já vou esclarecer todas estas dúvidas com o médico.
Estou cada vez mais apaixonada por esta bébé.
Em alguns comentários perguntaram-me se já tinhamos nome para a bébé. Temos sim. Há muitos, muitos anos. A escolha foi do Papá e desde sempre que falamos em ter um bébé, esse bébé foi sempre a nossa M.
Como este blog pertende ser anónimo, não vou divulgar (pelo menos para já) o nome da nossa mais-que-tudo. Um dia quem sabe...
Quanto a mim, continuo a sentir-me bem. Penso que neste último mês engordei mais do que nos anteriores mas sinto-me leve na mesma. Os inchaços não têm incomodado mais do que em anos anteriores e até as quebras de tensão não se têm feito sentir. Estou a tomar ferro e magnésio mas nada mais.
Quanto aos preparativos para receber a pequena, começo a ficar seriamente preocupada com isso. Não que tenha andado relaxada até aqui, mas acho que inconscientemente não queria avançar muito antes da eco das 20 semanas. Agora que estou a 1 dia de completar 5 meses de gestação, tenho pressa em transformar o nosso escritório num quarto de bébé e em fazer todas as modificações na nossa casa que isso implica.
Começámos também a ver um carro para mim porque o meu é comercial e, portanto, só vai dar para os tempos em que ela possa andar no ovo. Estamos indecisos entre novo ou usado com menos de 2 anos. Nesta altura todo o dinheiro é pouco e não queríamos fazer um grande investimento, mas também achamos que devemos comprar um carro confortável e seguro para a nossa bébé. Inicialmente pensei num daqueles ultra pequeno tipo C1 mas pensando bem não me parece a escolha certa. O Honda Jazz é, neste momento, um forte candidato bem como o Ford Fusion devido à oferta de 2000eur a quem tiver um bébé nos próximos 2 anos. Portanto, um utilitário, confortável, seguro e o mais barato possível; acham que é pedir muito?
Estou a preparar um post sobre amamentação e outro sobre a reacção daqueles que me rodeiam a esta gravidez e resolvi escrver aqui isto para me comprometer a publicá-los quanto antes. Vamos a ver...
Por último, que o post já vai longo, falta falar no Papá que tem sido um companheirão. Ao fim de 11 anos e meio consigo perceber perfeitamente porque me apaixonei. É certo que tem o seu feitiozinho (oh se tem) mas defeitos todos temos e os bons momentos compensam tudo isso. Tenho a certeza que vai ser um óptimo Pai ainda que tema que demasiado galinha (vamos a ver). Vou ver se o convenço a dar notícias no blog dele que esta família anda muito afastada das novas tecnologias.
Até já!

2007-06-24

Como passa a Mamã

A Mamã tem passado muito bem nesta gravidez.
Até agora engordei apenas 1,1kg o que segundo o médico é excelente. Os únicos incómodos que tenho sentido são mesmo algumas dores ao fundo da barriga. Sobre isto o médico já me examinou e chegou à conclusão que está tudo bem. As dores são devidas ao crescimento do útero. E como a minha barriguinha está um pouco grande para 4 meses de gestação recomendou que começasse a usar desde já uma faixa de apoio que além de ajudar nas dores de barriga evita também as dores nas costas.
Como sofro de má circulação também já comecei a usar meias de descanso para evitar problemas de maior. Mas este ano, como o tempo tem estado fresco, os pés nem têm inchado muito.
Quanto a cremes, estou a usar o da ISDIN para evitar o aparecimento das estrias e para já nada mais. No mês que vem vou iniciar o ferro e o magnésio.
AH! As tensões baixas também já começaram a pregar-me partidas mas nada que não seja habitual.
Ou seja, os pequenos incómodos que tenho sentido são os mesmo que sempre sinto nesta altura do ano (à excepção das dores de barriga) e sinceramente sinto-me até com mais energia e vitalidade do que em outras alturas.
Quanto a emoções, confesso que me sinto a mais feliz das mulheres. Engravidei quando quis, vou ter uma menina como sempre quis... Às vezes até tenho medo que esteja tudo a correr tão bem.

2007-06-19

Menina!

Ainda sem 100% de certeza mas com uma grande probabilidade.
Estou feliz!

2007-06-18

Boy or Girl?

Amanhã temos consulta no nosso obstetra.

Como devem calcular, nos últimos tempos toda a gente pergunta se já sabemos o que é (ao que eu faço sempre questão de dizer que sim e completo: “É um bebé”). Melhor do que a pregunta são as opiniões que todos têm. Uns dizem que a barriga está bicuda por isso é rapaz. Outros, que está descida por isso é rapariga. Outros dizem que estou com óptimo aspecto e por isso vai ser menina, outros dizem que pelo mesmo motivo vai ser rapaz. Parece que anda tudo numa ansiedade louca em saber o sexo do bébé como se isso fosse o mais importante de tudo. Até agora, quando faço uma eco enquanto não me dizem que está tudo bem nem me lembro que puderão estar a ver se é um menino ou menina. O que interessa é que esteja tudo bem, como é óbvio.

No entanto, confesso que gostava de amanhã ter uma resposta para a pergunta recorrente. Primeiro, porque o Papá está muito curioso. Depois, porque estou farta de me perguntarem e opinarem. Assim arrumava-se o assunto. Mas principalmente, porque quero saber se a minha intuição (normalmente muito apurada) está certa.



Não é segredo para ninguém que tenho uma preferênciazinha por uma menina. Porque sempre tive uma relação de grande cumplicidade com a minha mãe, gostava de poder ter o mesmo com uma filha. Porque, por ser mulher conheço melhor o universo feminino e sinto que uma filha seria como uma extensão da minha existência muito mais do que um filho rapaz.

Mas o mais curioso disto tudo, é que apesar dessa ligeira preferência desde que soube que estou grávida e que imagino este bébé fora da minha barriga sempre o vi como rapaz. A minha imaginação nunca me levou a pensar numa menina no meu colo, numa menina a brincar às bonecas, numa menina de vestidinho. Imagino sempre um bébé rapaz, de jardineiras e boné com ar de galã a dizer mamã com uma boquinha muito delicada.

Com uma filha menina apenas sonhei duas vezes por volta das 12 semanas. Mas quando sonho acordada é sempre com o rapaz.

Há quem me tenha dito que foi a forma que a minha mente encontrou para no caso de ser rapaz não ficar triste. Talvez...

Mas mesmo tendo uma preferência por menina, acreditem que o meu espanto será se o médico disser que é de facto uma menina. Acho que lhe vou pedir para se certificar duas ou três vezes que não está lá nada e só depois disso vou badalar a notícia.

Amanhã assim que haja novidades virei aqui contar.

2007-06-08

Máquina das sopas

máquina das sopas é um instrumento fundamental (na minha opinião) para quem tem um bébé pequeno.
Este pequeno electrodoméstico, permite cozer os legumes a vapor e em seguida tritura-os. É compacto e pode-se levar para todo o lado (casa de amigos, hoteis, campismo, etc). Basta ter electricidade por perto e o bébé come a sopinha feita na hora.
A que nós comprámos além destas duas funções (a cozedura a vapor serve também para cozer fruta para a sobremesa) possui ainda a capacidade de esterilizar um biberon pequeno e também funciona como aquecedor de biberon. Comprámos na loja Caracol por 80 eur mas também há à venda na Bebeconfort. É da marca Terraillon. Vem com uma pratica bolsinha que permite levá-la para todo o lado de forma discreta.





2007-06-07

Mais notícias


Sei que a frequência de actualização deste blog tem deixado muito a desejar mas a verdade é que não faz sentido vir aqui todos os dias dizer que continua tudo bem.
As últimas duas semanas foram mais do mesmo: sem complicações, sem grandes transtornos, tudo a rolar.
Ainda que fisicamente esteja tudo bem tenho andado um pouco abalada psicologicamente pois uma amiga grávida de mais duas semanas perdeu o seu bébé. A eco das 12 semanas já nos tinha dado a indicação de que alguma coisa poderia não estar bem (translucência da nuca muito aumentada) mas nunca pensei que o desfecho acabasse por ser aquele que foi. Escusado será dizer que desde esse dia tenho sentido uma impressão na barriga que sei que é claramente psicologico mas não vou conseguir descansar até à próxima consulta que é no dia 19.
A barriga já se nota claramente (ainda que praticamente se note desde o inicio) e a roupa já teve que ser toda remodelada. O que vale é que as túnicas são moda este ano e por isso não tem sido dificil arranjar o que vestir.
O Papá anda cada vez mais babado e stressado. O Papá nunca foi muito dado a preocupar-se com a casa ainda que me ajude sempre e que seja parte fundamental em todas as decisões que por cá se tomam (às vezes até demais, mas não lhe digam que eu disse isto) mas sinceramente nunca foi daqueles que não pode ver uma coisa fora do sítio ou que o facto de ainda não termos cortinados no escritório (futuro quarto do bébé) o incomode. Mas acontece, que desde que ficámos grávidos o Exmo. Sr. Papá virou uma verdadeira fada do lar. Quer fazer remodelações, não pode ver nada desarrumado que começa logo a dizer que quando o bébé nascer não pode ser assim, tem mil e um planos para transformar o escritório no quarto do bébé e para as outras transformações que vai ser necessário fazer para conseguirmos acomodar tudo no nosso modesto T2. Resumido, o Papá foi apanhado pelo instinto do ninho e não há nada a fazer senão seguir a pedalada dele e começar a deitar mãos à obra.
Segredinho: Estou a adorar este Papá preocupado e responsável e meigo e babado e tudo e tudo e tudo...
Com o calor, os meus pés começaram a inchar. Nada a que eu não esteja habituada desde o meus 18 anos. Cheguei a estudar para os exames da faculdade com um acumulador de gelo atado a cada pé para ver se desinchavam mas agora com a gravidez tenho medo que o médico me mande ficar em casa coisa que não queria mesmo nada que acontecesse. Ele já me recomendou as meias elásticas e falou-me em me receitar uns comprimidos e umas sessões de pressoterapia (maravilhoso) mas como na última consulta ainda não havia inchaço ficámos de falar nisso na próxima.
Por falar em consulta, não sei se já disse mas o Papá aprovou completamente a escolha do médico. Aproveitámos e disse-mos-lhe que também estou a ser seguida no Hospital e ele disse que não via nenhum inconveniente nisso. Já que estava tudo a correr tão bem, falámos também sobre o parto ser no hospital ao que ele respondeu que "recomendava vivamente". Um dos meus receios era que ele pressionasse para ir para um privado mas a verdade é que ele disse que não podia ir para melhor sítio do que o hospital público onde estou a ser seguida e falou-me até que estão a fazer remodelações nos quartos e que na altura do parto aquilo vai estar excelente. Esperemos mesmo que sim.

Já vos disse que estou apaixonada por este bébé?

2007-05-24

Breve resumo das últimas semanas

Neste momento, estou a 2 dias de completar 14 semanas de gravidez (sim, a barrinha está desactualizada de acordo com os dados da ecografia das 12 semanas). Isto significa, que já passou 35% do tempo se o(a) pirralho(a) decidir nascer às 40 semanas. Se for apressadito (como a mãe) falta ainda menos.
Sempre ouvir dizer que o tempo da gravidez passa a correr e esse foi um dos motivos que me levou a comunicar ao mundo logo às 6 semanas. E sinto que foi a decisão certa. Ainda que tenha a sensação do tempo estar a passar demasiado depressa, também sinto que tenho vivido intensamente cada dia desta gravidez.
Depois do susto inicial, tem estado tudo a correr sobre rodas. Não há incómodos associados à gravidez, não houve mais sustos, está tudo bem com o bébé.
A semana passada fui fazer a eco das 12 semanas. A translucência da nuca estava abaixo de 2mm (valor excelente segundo a médica), os ossos do nariz eram vísiveis, a regurgitação da tricúspida não se verificava (como devia) e o ductus venoso apresentava um padrão normal. Assim sendo, as probabilidades do nosso bebé ter trissomia 21 (apenas com base em dados ecográficos) são de 1:5000. Ainda não tenho o resultado do rastreio integrado mas o médico disse que pelos parâmetros ecográficos não deveria haver grande surpresa.
É óbvio que ainda é muito cedo para vermos se é menino ou menina mas isso, sinceramente, é o que menos me interessa. E acreditem que eu sempre achei que não ía dizer isto. Mas depois da terrível notíca que tive sobre a gravidez de uma amiga (mais ou menos com o mesmo tempo) reconheço que gerar um bébé sem complicações é uma dádiva.
Sobre a ecografia, posso dizer-vos que fiquei completamente babada. Nunca imaginei que um feijãozinho com 6,5cm pudesse meter a mão na boca, agarrar os pés, virar-se de costas no exacto momento em que a médica queria ver os ossos do nariz e dar um salto monumental (só visto). Ainda bem que a consulta atrasou e eu fui almoçar imediatamente antes de fazer a eco porque aquele espectáculo foi digno de se ver (baba, muita baba).
Estou completamente apaixonada por este bébé e também um pouco assutada com a vitalidade dele (quando começar a sentir aqueles movimentos todos vai ser bonito).
A médica captou algumas imagens a 3D e posso dizer-vos que são do mais delicioso que há. Lindo, lindo.
Quanto a questões mais práticas, começámos a fazer a ronda das lojas de artigos de bébés. A nossa primeira atenção está a ir para o carrinho. Os preços são altos, a dificuldade de escolha grande e por isso, queremos fazer tudo com tempo. Entretanto, escolhemos já a cadeira da Papá (a Tripp Trapp da Stokke) que vai ser oferta dos avós paternos. Aproveitámos também uma promoção e comprámos a máquina das sopas (digam-me que sabem o que isto é porque eu acho que é a melhor invenção depois da roda e pouca gente parece conhecer) que além de cozer a vapor e triturar os alimentos ainda funciona como esterilizador e aquecedor de biberons.
A decoração do quarto também tem vindo a ser pensada mas primeiro ainda temos que desmantelar o nosso escritório para depois podermos pintar e comprar a mobília do bébé.
O Papá está a ser um companheirão e tal como eu esperava um Papá muito babado.
Sinto-me a viver um dos momentos mais felizes da minha vida.
Ah! E para ajudar à festa, este mês tive novo aumento (já tinha sido aumentada em Janeiro).

2007-05-15

No news are good news...

E neste caso não podia ser mais verdade.
Connosco está tudo óptimo. Continuo a passar muito bem ainda que nas últimas duas semanas me ande a sentir um pouco cansada. Mas penso que isso se deve mais ao facto de o ano passado não ter tido férias do que à gravidez (que é óbvio que dá uma ajudinha).
Hoje fiz a eco das 12 semanas no Hospital e está tudo óptimo.
Mas como hoje estou cheia de dores de cabeça e super cansada vou aproveitar o facto do Papá ter ido para fora em trabalho e vou já para a caminha descansar. Por isso, brevemente darei mais notícias.

2007-05-01

Infertilidade

Porque já há muito tempo que queria escrever sobre este assunto e porque hoje vi isto:




(clicar na imagem)

A infertilidade é um tema que não me consegue deixar indiferente.
Quando ouço os números (2 em cada 10 casais) fico completamente arrepiada. 20% dos casais portugueses terem dificuldade em engravidar é um número que me é difícil de compreender.
Porque este drama é vivido em silêncio na sombra do medo e da vergonha. Quem não consegue gerar um bébé é visto como incapaz, como menos válido. É esta a sociedade que temos. Uma sociedade em que o que conta é mostrar que somos melhor, que conseguimos mais depressa, que o nosso resultado é o mais digno de ser apresentado em público. Ainda que estejamos a falar de dramas humanos.
Vivemos numa eterna competição. Passamos por cima de sentimentos só para fazer ver que somos os melhores.
Alguém (como eu) que consegue engravidar quase com a mesma facilidade que vai ao cabeleireiro ou a uma esplanada percebe realmente a sorte que tem? Não. Eu não compreendo e sei que quem não passa pelo drama de esperar tempo de mais para ter um filho não o poderá nunca compreender.
Não sou hipócrita. Sei que a imensa dor de passar por um diagnóstico de infertilidade me transcende. Sei que está para além da minha compreensão.
Mas ainda assim, sinto uma profunda solidariedade para com estes casais. Mas sinto-me também impotente.
Não me sinto menos feliz com esta gravidez por pensar que há casais que não o conseguem, mas não há um único dia em que não pense na imensa sorte que tive. Porque podia ter sido eu. Porque pode ser a minha irmã, a minha prima, a minha amiga ou a minha vizinha. Pela lei das probabilidades uma delas será.

Um abraço apertado para todas as lutadoras que me visitam e que, acreditem, são das pessoas que eu mais admiro pela coragem que têm.
Gostava que as minhas palavras tivessem o poder de mudar o mundo, mas como não têm, ao menos que vos aqueçam o coração.

2007-04-26

Novidades

Cá continuamos muito bem. As dores de barriga passaram definitivamente e depois da última eco estamos muito mais tranquilos.
Ontem fiquei com uma grande constipação pelo que hoje estou por casa para ver se melhoro uma vez que não há nada que possa tomar. Sobre este assunto, já tive um grande incómodo no centro de saúde. Não é que não me atenderam? As instalações mudaram e agora só atendem quem tem médico de família (o que não é o meu caso). Para ser atendida tinha que ir para cascos de rolha. É por isso, que existem seguros de saúde e é por isso que dou muito uso ao meu. A única questão é que eu só queria mesmo uma justificação para entregar no emprego e por isso achei que resolvia bem o problema no centro de saúde. Afinal, enganei-me.

Como estou por casa, aproveitei para por as visitas em dia. Normalmente, não tenho tempo de visitar todos os blogs que gostaria nem de comentar por isso, há que aproveitar estes momentos por casa.

Ainda não decidi se amanhã vou ou não trabalhar. Logo se vê como me sinto de manhã.

2007-04-19

Tudo acontece por uma boa razão!

Primeiro vamos efectivamente ao que interessa:
Depois de duas consultas e uma ecografia (isto hoje foi uma maratona) as notícias são óptimas. O nosso bébé está bom e recomenda-se. Cresceu como devia e já tem uma forma mais humana. Fiquei tão babada ao ver a eco que vocês nem imaginam. Já percebi porque é que todas as mães acham os filhos bonitos mesmo que eles sejam horrorosamente feios.

E agora a parte da reflexão:
Pensando bem, depois do dia de hoje, acho que tenho mesmo que a agradecer à outra estupida a quem alguém deu o grau de médica pelo favor que me fez ao tratar-me tão mal.
Graças à confusão que ela arranjou, estou a ser seguida num dos melhores serviços de obstetricia do Norte. Graças a ela, arranjei um obstetra privado que adorei. Que não teve problemas em me dar o boletim da grávida, que me deu palavras de ânimo, que me deu o telemóvel pessoal para o que fosse preciso. Adorei mesmo e acho que não podia estar em melhores mãos.
Por isso, Deus escreve mesmo certo por linhas tortas e também tenho a certeza que não tardará a fazer justiça com aquela senhora.

P.S. - Estou completamente apaixonada pelo meu bébé

Hoje!

Hoje, são 7h da manhã e eu já aqui.
Hoje, fui levar o Papá ao aeroporto pois a vida profissional obriga a uma deslocação à capital vizinha. E aquele aperto no coração, está cá. Como está sempre que um avião se cruza no nosso caminho.
Hoje, tenho consulta marcada num conceituado obstetra para o final da tarde.
Hoje, tenho consulta, de manhã, no serviço de obstetrícia de um hospital público.
Não há mais nada para acontecer hoje?
Quando marquei a consulta no obstetra, ficámos tristes por o Papá não poder acompanhar mas como não havia outras datas próximas decidimos aceitar porque pior do que o Papá não ir é continuar a viver com esta incerteza.
Mas ontem quando nos telefonaram do hospital a dizer que a consulta era hoje eu nem queria acreditar. Tudo ao mesmo tempo...

Sinto-me muito ansiosa. Tenho medo de ouvir o que não quero...

Assim que haja novidades ou aqui ou no blog do Papá ficarão a saber!

2007-04-13

Papá!

O que dizer sobre o papá? Ora..... É um querido! Mas ele sabe disso. Por isso, não vale a pena estar aqui a fazer uma homenagem pública porque em privado lhe tenho dito o quanto ele é importante.
As meninas mais astutas, já se aperceberam que o papá também tem um blog. Pois é, isto é uma família democrática e cada um tem direito a contar o seu ponto de vista da história.
Mas aviso desde já que nem tudo o que se lê por lá é verdade! A mamã pode ser stressadinha mas se ela contasse tudo sobre o papá.... aí é que vocês íam perceber quem stressa verdadeiramente.
O endereço? Ah! Ah! Ah! Não vou dizer! Procurem e divirtam-se com o bom humor que por lá reina.


P.S. - É a 3a vez que escrevo este post (raios para o portátil)

Obrigada...

...pela vossa ajuda quanto a obstetras na minha zona.
Como não há fome que não dê em fartura, neste momento tenho duas consultas marcadas: uma num conceituado obstetra do qual tenho óptimas referências e outra no serviço de consulta externa de um hospital público.
Como já estou escaldada agora vou experimentar estas duas hipóteses e logo vejo por qual me decido.
Mas já estou bastante mais tranquila. Esta confusão toda fez-me ficar ansiosa e nervosa pois estava com receio de não conseguir consulta em nenhum obstetra de jeito e eu gosto de ter tudo planeado devidamente.
Aliás, com esta confusão alterei tudo aquilo que sempre idealizei para o parto. Sempre achei que os meus filhos nacerião na maternidade e afinal parece mesmo que vai ser noutro local.
E pronto. Parece que este episódio está encerrado.

2007-04-12

Sentimentos

Quando fiz o primeiro teste de gravidez e este deu positivo não tive uma explosão de alegria. Senti-me feliz mas senti também o peso da responsabilidade nos meus ombros.
Contudo, comecei aos pouco a amar a ideia de estar grávida. Quando fiz a primeira ecografia às 5 semanas na maternidade e se confirmou que estava mesmo grávida e a implantação tinha ocorrido no sítio certo, nessa altura transbordei de alegria e decidi partilhar com o mundo a minha felicidade.
Quer eu quer o A. estavamos imensamente felizes, com um brilho nos olhos de fazer inveja a qualquer um e com um sorriso nos lábios que se via a km de distância.
E aquela ecografia às 6 semanas sugou-nos tudo isso. E a minha ex-obstetra fez questão que assim continuasse.
Hoje, não tenho brilho nos olhos; não me sinto a mais feliz das criaturas do universo. Ao invés, sinto um peso nos ombros, sinto insegurança. Parece que deixei de me sentir grávida. E tudo isto porque uma ecografia foi feita cedo demais, porque a minha médica insistiu em profetizar desgraças que não se concretizaram (e espero não virem a concretizar-se).
E sinto-me revoltada por tudo isto...

Hoje fui conversar com uma médica de clínica geral que conheço há muitos anos e que é quase uma amiga. Aconselhou-me outra obstetra (amiga dela) que diz ser muito boa e especialista em situações de risco. Liguei a marcar consulta mas já não aceita mais doentes. Estou agora à espera que o factor cunha funcione e a minha querida médica consiga fazer um milagre junto da amiga. De qualquer forma, já tenho consulta marcada num obstetra que trabalha directamente com esta que me foi recomendada e de quem também tenho boas referências dadas por uma pessoa amiga.

As dores na barriga voltaram e com elas ainda mais preocupação...

2007-04-11

Obstetra, precisa-se!

Se me puderem deixar nomes de obstetras no grande Porto que façam partos no público, agradeço imenso.
A minha revelou-se uma grande #$/&/%$$#.
Tenho seguro da multicare pelo que se pertencer à rede, será uma vantagem.
Obrigada pela vossa ajuda.

email: pamdora@gmail.com